4. Meu propósito é voltar depressa a falar na transdisciplinaridade. Mas preciso, antes, afirmar uns pontos que são fundamentais. Não se trata de fazer da escola um lugar de superficialidade. É preciso que se tenha clareza sobre o que se quer alcançar e, junto com isto, que se saiba caminhar na direção do que se quer. A escola terá que ser espaço onde as pessoas, talvez principalmente os alunos, busquem sua própria identidade e se apropriem de instrumentos para participar na sociedade. Isto significa trabalhar em três frentes: a dos valores, a das habilidades e a dos conhecimentos, estes resumidos em duas dimensões, a de conhecer, cada vez mais, a natureza e a de compreender melhor a sociedade e a cultura. Para isto é necessário um processo de planejamento que seja participativo e que seja ferramenta para propor um rumo, para analisar a prática à luz desse horizonte e para determinar o que se vai ser e o que se vai fazer para caminhar na direção de tal horizonte.
Texto de Danilo Gandin