Fui entrevistada pela revista Profissão Mestre.
Fabio Torres organizou e escreveu o texto e ficou muito legal!! Confira!!
Os tablets e smartphones são a coqueluche do momento na educação. Sua inserção nas salas de aula é defendida por pesquisadores, professores e até mesmo entidades governamentais – o Ministério da Educação (MEC) inclusive anunciou no primeiro semestre deste ano que distribuiria 600 mil tablets para os professores da rede estadual de ensino.
No entanto, todo esse movimento pró-tecnologia ainda esbarra na ausência dos aparelhos no cotidiano dos educadores também na falta de preparo e conhecimento dos professores. Nos casos em que profissional tem acesso aos tablets e smartphones, existe ainda o obstáculo da preparação das aulas com o auxílio das tecnologias.
Um primeiro passo importante – ou talvez o passo mais importante de todo processo – é o planejamento e a escolha dos aplicativos (apps) que serão utilizados.
Para pedagoga Adriana Beatriz Gandin, que também é diretora pedagógica do projeto iPad na sala de aula, “é inquestionável a importância da preparação das aulas. O professor que não planeja sua aula consequentemente não atingirá os objetivos definidos e necessários, prejudicando a aprendizagem do aluno. E isso não é diferente com escolha e uso dos aplicativos. Portanto, é fundamental escolher, criteriosamente, os aplicativos a serem utilizados, não só para dar conta do planejamento da aula, mas principalmente para torná-la mais atrativa, interativa e de fácil compreensão”.
De acordo com Adriana, as possibilidades de escolha de aplicativos são inúmeras, e todas dependem dos componentes curriculares que o professor pretende abordar. “Para os anos iniciais, por exemplo, existem muitos apps de matemática que podem ajudar na aprendizagem das crianças de forma lúdica e criativa. Assim como esse exemplo, o professor pode encontrar na App Store muitos aplicativos que contemplem o desenvolvimento de diferentes conteúdos em cada área de conhecimento”, afirma a pedagoga, que ressalta ainda a importância de testar e conhecer bem o aplicativo antes de repassá-lo em sala de aula. “O professor precisa testar o app antes de usá-lo em sala, procurando descobrir se funciona como ele imaginava; se realmente será bem utilizado e aproveitado em suas aulas; se trabalha o conteúdo de maneira interessante significativa; se é necessário ter conexão com internet para que funcione; se fará os alunos refletirem sobre os conteúdos; se apresenta versão em português; etc.”
O lado positivo do trabalho de definir os aplicativos que serão utilizados é, certamente, a total liberdade de escolha e a diversidade de opções que existem. É possível realizar uma mesma atividade usando vários aplicativos ou então utilizar um único app para várias tarefas e/ou brincadeiras em sala de aula. “Com os tablets, podemos desenvolver as mesmas atividades que seriam realizadas em um computador, mas com muito mais recursos, interatividade, possibilidades de armazenamento e compartilhamento. Com a mobilidade que o tablet oferece, é possível realizar as atividades em outros ambientes dentro e fora de sala de aula. Além do trabalho que os alunos podem realizar tendo seu próprio tablet (ou um disponibilizado pela escola) para uso individual ou coletivo, o professor pode projetar seu conteúdo, sua apresentação, páginas da internet, reportagens de jornal e imagens com mais agilidade e mobilidade”, diz Adriana.
A presença dos aparelhos na sala de aula também não significa que é o fim do caderno, dos livros, dos lápis e das canetas. “É importante dizer que o tablet pode ser usado em conjunto com outros materiais de que o aluno já dispõe, como caderno e livro”, indica a pedagoga.
* Texto publicado na revista Profissão Mestre, nº 158, novembro de 2012.
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